Lauro Búrigo orientava o time e se esgoelava, em pé, junto ao banco de reservas, gritando o nome do ponta direita Tuchê, que estava na extremidade oposta do campo. Não havia muita gente no estádio e era quase impossível ao seu pupilo deixar de ouvir os seus insistentes apelos.
Era evidente que Tuchê, um emérito gozador, fazia de conta que o assunto não era com ele.
“Tuchêêê! Tuchêêê!”, gritava o “Vesgo” Lauro. E nada. Nada de Tuchê demonstrar que o ouvia.
Lauro, já esbaforido, vermelho como um pimentão esbravejou:
“Tuchêêêê, seu filho da puuuuuuuuta!”.
Tuchê virou-se de imediato para o banco do Paysandú.
“Ah! Agora, você ouviu, né? Seu fariseu! Emendou de bate pronto o treinador”.
Depois de um sofrível primeiro tempo, onde nada deu certo, os jogadores foram deixando o gramado preocupados.
Comentaram entre eles:
“Vai ser foda encarar o Vesgo!”.
Quando os atletas entraram no vestiário, foram surpreendidos com algo totalmente imprevisível e inusitado: Lauro Búrigo estava com a calça e a cueca arriadas até os tornozelos, de costas para a porta de entrada, com as mãos apoiadas no chão e a branca bunda literalmente pra cima.
“Se vocês estão a fim de me f...., seus moleques safados, façam fila! Porque a bolinha que vocês estão jogando é pra isso!
Cambada de incompetentes!”
Lauro Búrigo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Lauro Búrigo é um dos mais folclóricos treinadores do futebol catarinense. Natural de Criciúma, comandou equipes tracionais de Santa Catarina, entre as quais o próprio Criciúma, o Avaí, o Figueirense e o Brusque. Também foi treinandor do Coritiba.
Entre suas conquistas, destacam-se muitos campeonatos catarinenses e a ascensão do Figueirense à Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol em 1998.
Contam-se muitas histórias a respeito desse treinador, conhecido na mídia local como Velho Bruxo. Por exemplo, é o treinador que mais atuou no Clássico de Florianópolis, entre Avaí e Figueirense, tendo comandado um desses dois times em 50 jogos. Em certa ocasião, deixou seu cargo no Figueirense por recusar-se a viajar de avião.
Atualmente, trabalha como comentarista esportivo.
Galeria do craque
Silva, o Batuta
Nome: Walter Machado da Silva
Nascimento: 2/1/1940, Ribeirao Preto-SPPeríodo: 1970 a 1972Posição: Atacante
Um cigano do futebol, Silva veio para o Vasco depois de passagens por vários clubes do Brasil e do exterior. O Batuta, como também era conhecido, tornou-se a principal estrela do time campeão carioca de 1970. Em 71 passou um período de alguns meses emprestado ao Botafogo, mas voltou no ano seguinte ao Vasco e chegou a fazer dupla com Tostão. Tinha grande talento para recuar e armar jogadas ou partir em arrancadas com dribles sucessivos que muitas vezes terminavam em gols. Um atacante de enorme vitalidade, boa impulsão para as cabeçadas e execução perfeita da matada no peito.
Fonte: Mauro Praiss - http://www.netvasco.com.br/mauroprais
Foto: Valdir recebe os cumprimentos pelo seu 23 aniversário, 1 de maio de 1969. Tim, Silva, Valdir e o garçom Jacaré no restaurante de São Januário.
Um comentário:
Valdir, muito bom seu blog, uma relíquia para os amantes da história do futebol. Um post seu em especial (sobre os estádios da época da ditadura) me ajudou bastante num trabalho para a faculdade! Parabéns e continue postando, abraços!
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