
Bem juntinho do Cristo Redentor, está o Hotel das Paineiras, que foi, durante muito tempo, o lugar preferido dos jogadores vascaínos para as concentrações do time nos dias que antecedem os jogos. A outra opção era a sede náutica do clube, na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Nas Paineiras, o frio, um projetor rodando um bang-bang à italiana, um chocolate quente e um bom cobertor, eram motivos suficientes para manter a turma longe do centro urbano e das tentações noturnas do Rio de Janeiro.
Na Lagoa, optávamos por uma ida ao teatro às sextas-feiras.
Nos anos 1960/70, o Teatro Rival mantinha uma atividade cultural intensa, e a nossa preferência recaía sobre as apresentações de Chico Anysio, Dercy Gonçalves e José Vasconcelos.
O teatro, no centro da Cinelândia, mantinha também uma programação voltada ao teatro rebolado, shows de travestis e transformistas.
Próximos ao teatro: o clube Bola Preta, sede do primeiro bloco carnavalesco do Rio, inferninhos, boates, cinemas pornôs... freqüentados por jogadores nos seus dias de folga.
A maioria preferia as escolas de samba da zona norte.
O pernambucano Adilson e o goleiro juvenil Tuca resolveram espairecer no Teatro Rival.
Na época, uma parede de oito metros de altura dividia os sanitários masculino e feminino da casa. Adilson subiu com dificuldades uma escadinha que conduzia ao topo do teatro e, de lá, se posicionou para brechar a paquera no toalete vizinho.
Deu azar: a mulher viu o seu vulto e chamou o segurança do teatro.
Apanhado com a boca na botija (ou quase!), o alpinista foi recolhido juntamente com o seu cúmplice, Tuca, ao distrito policial mais próximo.
Interrogados, tentaram aliviar a pressão, dizendo que eram jogadores do Vasco.
O delegado, um gozador (por sinal, flamenguista), resolveu colocá-los à prova.
Às 3 horas da manhã, levou-os para a quadra de futebol de salão, no pátio da delegacia.
Colocou Tuca no gol e Adilson chutando bolas pro goleiro defender.
Adilson estava recuperando o joelho operado e seus chutes saíam de canela e sem força.
Os policias em volta sacaneavam os dois:
"Tá mal o Vasco, heim?"
"Este aí mal sabe chutar!"
"É por isso que este time não ganha de ninguém!".
Após uma boa reprimenda, o delegado liberou os dois, certo de que a punição tinha sido exemplar.
Os dois folgados chegaram em São Januário com o sol raiando, um para treinar e outro direto para o departamento médico, para cuidar da recuperação do joelho!
Na Lagoa, optávamos por uma ida ao teatro às sextas-feiras.
Nos anos 1960/70, o Teatro Rival mantinha uma atividade cultural intensa, e a nossa preferência recaía sobre as apresentações de Chico Anysio, Dercy Gonçalves e José Vasconcelos.
O teatro, no centro da Cinelândia, mantinha também uma programação voltada ao teatro rebolado, shows de travestis e transformistas.
Próximos ao teatro: o clube Bola Preta, sede do primeiro bloco carnavalesco do Rio, inferninhos, boates, cinemas pornôs... freqüentados por jogadores nos seus dias de folga.
A maioria preferia as escolas de samba da zona norte.
O pernambucano Adilson e o goleiro juvenil Tuca resolveram espairecer no Teatro Rival.
Na época, uma parede de oito metros de altura dividia os sanitários masculino e feminino da casa. Adilson subiu com dificuldades uma escadinha que conduzia ao topo do teatro e, de lá, se posicionou para brechar a paquera no toalete vizinho.
Deu azar: a mulher viu o seu vulto e chamou o segurança do teatro.
Apanhado com a boca na botija (ou quase!), o alpinista foi recolhido juntamente com o seu cúmplice, Tuca, ao distrito policial mais próximo.
Interrogados, tentaram aliviar a pressão, dizendo que eram jogadores do Vasco.
O delegado, um gozador (por sinal, flamenguista), resolveu colocá-los à prova.
Às 3 horas da manhã, levou-os para a quadra de futebol de salão, no pátio da delegacia.
Colocou Tuca no gol e Adilson chutando bolas pro goleiro defender.
Adilson estava recuperando o joelho operado e seus chutes saíam de canela e sem força.
Os policias em volta sacaneavam os dois:
"Tá mal o Vasco, heim?"
"Este aí mal sabe chutar!"
"É por isso que este time não ganha de ninguém!".
Após uma boa reprimenda, o delegado liberou os dois, certo de que a punição tinha sido exemplar.
Os dois folgados chegaram em São Januário com o sol raiando, um para treinar e outro direto para o departamento médico, para cuidar da recuperação do joelho!
A elegância nos anos 70
Supervisor Capitão Bonetti, preparador físico Hélio Viggio, médico Arnaldo Santiago, treinador de goleiros Carlesso; Joel, Valdir, Buglê, Renê, Valfrido, Clóvis e Silva; Batista, Moacir, Élcio, Kosileck, Jailson, Alcir e Luiz Carlos; Fidélis, Benetti, Ferreira, Ademir, Eberval, Gilson Nunes e Andrada.

9 comentários:
Oi, Valdir;
Mas o Adilson não tinha imenda!...héhéhéhé
Fiquei feliz de ver a foto com grandes jogadores que honraram a camisa do Vasco e entre eles o amigo Valdir.
Conheci esses lugares e é bom lembrar que o Hotel das Paineiras, além de receber o Vasco, foi durante anos o lugar da concentraçâo da Seleção Canarinha após as convocações...
Um abraço, amigo Valdir,
Osvaldo
Hoje esse Vasco seria campeão brasileiro... da Série A. Com uma chuteira nas costas...
Valdir
O Roberto Vieira, está com toda a razão em dizer que este time que você apresenta, seria campeão - Carioca, Brasileiro, era um grande time, jogadores sensacionais..
Quando ao pernambucano Adilson tal como irmão Almir, aprontador. Quantos desses causos o Adilson e outros (incluindo você) teriam para contar. Mas que saudades do tempo desde Vascão , se não foi campeão, nos anos 60 só em 1965 da primeira taça Guanabara, e o Campeão Oficial do quarto centenário da cidade do Rio de Janeiro. Sim o campeão oficial do Quarto Centenário da cidade do Rio de Janeiro, foi o Vasco e não o rival Flamengo (foi campeão carioca deste ano) como apregoa por ai. A Taça Guanabara foi elaborada para festejar e representar o campeão do quarto centenário do RJ – mas isso são outros detalhes.
Valeu chiquinho – eu fico aqui pensando quantas histórias você tem a nos contar sobre este período maravilhoso que você esteve no Vasco da Gama.
Abraços Adalberto Day cientista social em Blumenau
Respondendo por atacado:
Osvaldo:
Aí no blog tem outras histórias engraçadas dos tempos de concentração do Vasco nas Paineiras. Tenho um carinho muito especial com o Adilson "Caveirinha", por isso é meu personagem com frequencia. Abraço!
Roberto!
Concordo! Tinha gente boa neste time.
Adalberto,
Você é um saudosista inveterado. Só vai dar falar do Vasco recente, quando as vitorias e as conquistas se tornarem frequentes.
Abraço
Grande Valdir, olha o Piriquito do Rn surpreendendo Omi, lembro de vc sempre com o Alecrim!,,,,, um forte abraço, e esse Blog é 10! é como se fosse uma neccesidade fisiologica, tem que ler viu! valeu!!!Genildo Oliveira/Mossoró Rn
Genildo,
Acho que no fundo mesmo, você é Alecrim. Abraço
O Adilson tem quase tantas historias quanto o seu mano mais velho...
Alem do Vasco, o Fluminense tambem usava o Hotel das Paineiras como concentracao. E' um lugar isolado e tranquilo, excelente para tirar os jogadores do burburinho.
Nunca entendi porque e' que o Hotel Plaza, na Princesa Isabel, era tao usado como concentracao, por varios times e ate' a selecao. Ali pertinho daqueles inferninhos e cabares de Copacabana, devia ser uma festa para os jogadores.
Vistosa a roupa mostrada na foto, para as viagens da delegacao durante a Taca de Prata de 1970. Pena que deu azar.
Mauro,
Naquela concentraçao na Princesa Isabel o técnico aproveitava e ia junto pra balada. EHEHEH!
Sobre as Paineiras: voce acaba de me lembrar uma ótima do Paulo Amaral com o Flu, com direito a berro 45.
Abraço.
Adilson irmão de almir o pernambuquinho quando saiu do vasco foi para o sport recife,e chegou a jogar na Bélgica.
Almir teve outro irmão que jogou futebol,que tinha o nome de Aires e fez grandes partidas pelo boca juniors.
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