sábado, 7 de novembro de 2009

O jogador Totó
DOIS TOQUES
Por IATA ANDERSON

Volto ao assunto das transmissões esportivas pela televisão. Não satisfeita em tirar o torcedor dos estádios, resolveu esculachar, de vez, todos os conceitos sobre a nobre função de informar. Uma bela e difícil arte, que teve seu apogeu no rádio, consagrando nomes como Waldir Amaral, Jorge Curi, João Saldanha, Fiori Gillioti., Pedro Luiz, Mario Moraes, Doalcei Camargo, Oduvaldo Cozzi, Edson Leite, Osmar Santos, Mario Vianna, Benjamim Wright e tantos outros monstros sagrados. Como essa casta se sentiria hoje, obrigada a seguir cartilhas e manuais ?. Exceções raríssimas à parte, o nível chegou a níveis insuportáveis. A qualidade perdeu espaço para a quantidade. É impossível acompanhar uma transmissão sem apelar para o velho e tradicional radinho, o verdadeiro responsável pela disseminação do futebol Brasil afora. São tantas as barbaridades que resolvi reuni-las num livro. Prometo nunca mais voltar ao assunto nesse espaço. A concepção do impedimento e da expulsão do goleiro beiram o ridículo. Cada um diz uma coisa e a regra é tão simples. São apenas 17 capítulos, que devem ser interpretados, na hora, por uma pessoa. Que não carrega um monitor, não enxerga em câmera lenta, nem pode traçar linha para definir uma posição ilegal. Para fechar, a maior de todas. Até parece final de livro de piadas. Os “comentaristas” querem que o jogador atue com as mãos coladas ao corpo. Acabaram de criar o “Jogador Totó”.

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O futebol é realmente um esporte espetacular. Não sei o que seria do mundo sem ele. Um razoável espaço de grama, uma bola, vinte e dois jogadores e um cara atrapalhando, com um apito. Sem contar os dois que correm nas laterais. Bom, esses, pelo menos não ficam dentro das quatro linhas. Há quem defenda dois árbitros. Pelo amor de Deus, não. Quando a gente imagina que já viu tudo eles aparecem. Isso é real. É o caso de Felix Brich, um jovem alemão que foi escalado para apitar Milan e Real Madrid, pela Liga dos Campeões. Mais de 80 mil pagantes viram um ótimo jogo. Poderia ter sido melhor, se Kaká jogasse o que sabe, o que ainda não aconteceu, no time espanhol. Mas valeu a pena ver a ascensão de Ronaldinho Gaucho e o bom futebol do atacante Pato. E uma briga interessante de esquemas de jogo. Pois o moço de preto estragou tudo, marcando um pênalti contra o Real, numa bola que bateu embaixo do braço de Pepe. Lance típico de acidente de jogo. Ninguém pode dar um carrinho sem os braços, como querem alguns “comentaristas”, nem arrancá-los, como se fora um robô. Ela bateu nele, acabou, segue a jogada. Convertido e o Milan empatou. Não satisfeito, anulou um gol de Pato, impossível de explicar. Lance absolutamente normal. O moço não estava preparado para um jogo tão importante, penso. Depois dessas e outras lambanças, veio o melhor da festa. A torcida do Milan, de pé, aplaudiu Kaká, gritando “olé, olé, olá, Kaká, Kaká…

Um comentário:

Adalberto Day disse...

Valdir
O Iata Anderson é bom à beça.
Realmente o Iata tem razão que em grande parte das transmissões pela TV, tira sim o torcedor dos estádios. Mas por outro lado, veja ontem Vasco e Juventude, recorde de Público nas duas divisões, ganhando até do Fla x Flu. E hoje 08/nov.2009, maracanã lotado para ver e torcer par o Fluminense.
Será um sucesso o livro para relatar os desmandos em nosso futebol que como o Iata diz, acabaram de criar o “Jogador Totó”.

E sobre o Kaká, Pato ele nunca foi nem Gaúcho(Ronaldinho)
Parabéns pela postagem
Abraços Adalberto Day cientista social em Blumenau.