Ano de 1977. O jogo entre os juvenis do Treze e do Campinense corria solto, mas monótono. O empate, tratando-se dos dois principais times da cidade, pintava como o melhor resultado.
Mas, de repente, após uma bola centrada, surge o maior tumulto na área do Campinense. E aquele misterioso senhor, vestido com uma bata preta, depois de muitos e variados trejeitos, deita-se no campo, rola no gramado com o apito na boca e assinala: pênalti!
Não, a cena não aconteceu num manicômio. Muito menos num circo. Aconteceu em pleno Amigão, wm Campina Grande, na Paraíba, diante da torcida de toda a cidade, em partida séria, valendo pelo campeonato.
E aquele misterioso senhor vestido com uma bata preta que atingia os joelhos era, com todas as suas insinuantes encenações, a chamada autoridade máxima do gramado, sua excelência o árbitro, como diria o austero e ao mesmo tempo debochado árbitro pernambucano Argemiro Félix de Sena, Sherlock.
Para uns, ele era simplesmente, um maluco que necessitava de urgentes cuidados médicos; para outros, um palhaço que usava dos meios mais extravagantes para aparecer.
De uma forma de outra, o laboratorista Severino Ramos Florêncio, funcionário da Wallig-Nordeste, situada na Rainha da Borborena, casado e pai de duas filhas, na época, membro da Igreja Congregacional, tornou-se uma figura folclórica como juiz de futebol.
Por Lenivaldo Aragão
No pé da conversa
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2 comentários:
Amigo,
Fico-lhe muito grato. Outras histórias de Ramon Dinamite vêm por ái.
Mil felicidades para você e parana família
Lenivaldo
Valdir o Lenivaldo nos trás um belo texto.
Um simples jogo juvenil do Treze e do Campinense, e mais uma vez o Juiz é protagonista da partida. Pronto tudo resolvido Pênalti....
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história
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