quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Paysandú e os Appel 
Valdir Appel
Oswaldo Appel
Herbert Appel
Fabiano Appel
A família Appel é sinônima de Paysandú. Não há como separá-los. 
Meu avô Gustavo e minha avó Joanna tiveram seis filhos: meu pai Herbert, Oswaldo, Gerhard, Heinz e Bruno, o popular China. A única mulher recebeu o nome de Gerda. 
Apenas o tio Oswaldo está entre nós. Acaba de completar 87 anos,
Todos, exceto minha tia, jogaram bola, e o único que batia de canela era o meu tio Gerhard. Nasceu para ser dirigente, e não zagueiro. 
Os cinco irmãos formaram um time de vôlei, nos anos 1950, para os jogos municipais, e eram imbatíveis na modalidade. 
No Paysandú, Oswaldo foi o melhor goleiro de sua história. Meu pai era seu eterno reserva. 
China era o coringa, jogava nas outras dez posições. 
Do Gerhard, já falei. 
Heinz foi habilidoso e ótimo ponta esquerda, o melhor do estado.  
Curiosamente, no handebol de campo praticado no Bandeirante, meu pai era o goleiro titular e Oswaldo, o reserva. 
Não era uma incoerência e nem preferência do técnico. 
Era uma questão de posicionamento, explicava meu pai. No futebol, o goleiro se adianta para fechar o ângulo. No handebol, ele fica dentro do gol. Oswaldo simplesmente se esquecia desta regrinha básica e, por isso, não era tão eficiente no handebol quanto no futebol. 
Não bastassem os irmãos, havia os primos. 
Arthur Appel, lateral direito, foi presidente do clube - sogro do ex-governador de SC, Luiz Henrique da Silveira; e Egon ou Chico Pataca, veloz ponta direita. 
Quando da inauguração das novas arquibancadas do estádio, homenagearam uma ala com o nome do meu avô, Gustavo, e a outra com o nome de Ernesto Aichinger, outro emérito paysanduano, pai do Bilo. 
Eu sou o último a seguir as pegadas da família. Nasci praticamente dentro do campo do Paysandú e não pude deixar de ser goleiro, partindo do princípio de que um Paysandú não existiria sem um Appel e vice-versa. 
Eu era bem jovem e magro, quando assumi a camisa número 1 dos profissionais do Paysandú, em 1962. Quinze anos, em cima dos meus 1,86 metro de altura. 
Fiz tanto sucesso no meu primeiro ano, que o arqui-rival Carlos Renaux me contratou por empréstimo para o campeonato catarinense de 1963, já que o meu time não passara da fase classificatória. 
E o meu sucesso se devia aos clássicos. 
Herdei do meu tio o apelido de Santo, pois fechávamos a porteira ao inimigo. 
Da nova geração dos Appel, meu primo Fabiano foi goleiro de grandes clubes e teve uma rápida passagem pelo Paysandú.
O Paysandú sobreviveu ao tempo com sua imponente sede social.
Restaurada pelo abnegado presidente Arthur e seus fiéis correligionários – Célio, João e Gilmar Appel que, por falta de oportunidade, não se tornou goleiro e sim engenheiro civil. 
As categorias de base do futebol continuam dando oportunidades aos garotos.
O bolão 16, a bocha e o dominó são as outras opções sociais que o clube verde e branco da Rua Pedro Werner oferece hoje. 

Estádio do Clube Esportivo Paysandú
 

3 comentários:

Adalberto Day disse...

Nosso eterno Chiquinho
Sabe eu já sabia muito sobre suas histórias, e também de sua família. Os irmãos Rigon e Osny Knop quando vieram nos anos 60 trabalhar na Empresa Industrial Garcia em Blumenau, falavam muito sobre essa família gloriosa que ~soa os Appel.
Parabéns ao seu blog – na Boca do Gol e continue assim nos abrilantando com suas histórias.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau
www.adalbertoday.blogspot.com

Anônimo disse...

Fala grande Waldir,
Bom dia! amigo..
Há muito tempo que recebo e leio a sua cronica ...remeto aos amigos.
Parabéns!
Quando estiveres com o meu amigo Raul dê um forte abraço é gente da melhor qualidade..
Toninho Almeida

Anônimo disse...

GRANDE CHIQUINHO,(GRANDE NO DIMINUTIVO É BOM RSSSS), VOU TESTAR MAIS UMA VEZ A POSTAGEM, ESPERO QUE DE CERTO.
EM DANDO, POSTO OUTRAS

GIL (O CABERNET SAVIFNON DOS GRAMADOS) QUANTO MAIS MADURO MELHOR RSSSS