segunda-feira, 16 de março de 2009

16 de março de 1969


O importante no frango é sobreviver a ele
(Moacir Barbosa)

O dia amanheceu, no Hotel das Paineiras. O sol se infiltrou entre os black-outs da janela do meu quarto, no segundo andar.
Três batidas fortes na porta convidaram a mim e ao meu colega Nado a abandonar as cobertas, esticar o esqueleto e pular de nossas camas.
Ali, pertinho do Corcovado, o frio inibia o desejo de levantar de qualquer um, e somente depois da higiene matinal nós nos animávamos a seguir em passos lentos para o salão onde nos aguardava um café fumegante acompanhado de saborosos produtos coloniais.
Pura rotina de concentração.
O prazo para fazer o desjejum terminava às 8h30min. Depois, quem quisesse podia voltar pra cama. E era o que a maioria fazia.
Eu preferi ler o jornal e prosseguir na leitura de um romance, que já estava pela metade. Pra variar, o livro já estava com três orelhas, providenciadas pelo Acilino, que passou a marcar deliberadamente tudo o que eu lia, a partir do dia que eu expliquei o motivo do uso do marcador de páginas.
O almoço foi o feijão com arroz de sempre: muita salada de tomate, bife grelhado, purê de batata, água mineral e uma gelatina de sobremesa para rebater.
Depois de um breve footing, nos arredores do hotel para fazer a digestão, o técnico Pinga pediu que todos descessem com as suas bagagens, às 13h30min.
Na sala de reuniões, fez uma breve preleção sobre o comportamento tático que o time iria adotar. Deixou claro que nos vestiários daria os detalhes individuais.
Nosso ônibus iniciou o lento processo de descida das Paineiras em direção ao Maracanã. O agito de bandeiras carregadas por alegres torcedores vestindo a camisa do Vasco, descendo dos trens da Central, dos ônibus, misturando-se aos pedestres, faziam prever um grande público para o clássico contra o Bangu.
Estávamos rodeados por dezenas de fiéis torcedores cruzmaltinos que acenavam sorridentes, batendo nas laterais do ônibus, desejando boa sorte.
Nos vestiários, a preleção, o aquecimento, a oração.
Eu estava tranqüilo. Vivia o meu melhor momento em São Januário. A camisa número um era minha. O meu mundo era perfeito.
Era o que eu imaginava.
Subimos para o gramado. Estouro de fogos de artifício! Gritos de casaca: “Vaaascoo! Vaaascooo!”. A massa vascaína tomava conta praticamente de todo o estádio, contrapondo-se a pequena torcida do Bangu.
O jogo foi equilibrado até os 19 minutos, quando o goleiro Devito cometeu duas falhas consecutivas. Na primeira atrapalhou-se num cruzamento do nosso ponta direira Nado, largando a bola nos pés de Adilson que não perdoou. 1 a 0. Logo em seguida cometeu um pênalti desnecessário. Pênalti mal cobrado por Buglê que conseguiu a proeza de mandar a bola quase nas arquibancadas do Maracanã.
O jogo estava difícil, bem disputado, e eu fazendo boas defesas e transmitindo confiança ao time. Aos 44 minutos da primeira etapa, o centroavante adversário Dé dominou uma bola de costas para a minha baliza, entre a marca do pênalti e a risca da grande área; girou o corpo e desferiu um sem-pulo espetacular no meu canto baixo, à direita.
Realizo um salto perfeito e encaixo firme a pelota!
Deu pra ouvir o comentário zangado do Dé:
“Filho da puta! Como é que pega uma bola dessas?!”.
Um longo aplauso veio das arquibancadas.
Ergui-me do gramado, com a bola nas mãos. Observei a saída da zaga e as colocações de Eberval e Silvinho, pelo setor esquerdo da minha área. O primeiro tempo estava para acabar, e decidi repor a bola nos pés do Silvinho.
O braço fez a alavanca e a bola saiu forte de minhas mãos. Perdi o equilíbrio: as pontas dos meus dedos tocaram de leve a bola, que mudou sua trajetória, indo chocar-se com força no meio do poste esquerdo do meu arco, morrendo no fundo das redes.
Apoiado em um dos joelhos, me senti impotente, com vontade de sair correndo pra buscar a bola, fazer voltar o lance, apagá-lo da minha mente!
Silêncio total no maior estádio do mundo...
Eu me senti profundamente envergonhado. Mesmo quando Mário do Bangu e meus companheiros foram me consolar.
Arnaldo César encerrou o primeiro tempo sem sequer dar nova saída de bola.
Preparei-me para iniciar o que seria a maior travessia do Maracanã. Estava no gol, à direita da tribuna de honra, e meu vestiário estava do lado esquerdo.
Antes mesmo de chegar à linha da grande área, um batalhão de repórteres, empunhando seus microfones, já me cercava, perguntando:
“O que é que houve?”.
Minha resposta saiu rápida e definitiva, detendo outras perguntas:
“Um acidente de trabalho!”.
Continuei em frente. Aplausos tímidos da minha torcida tentavam me consolar; os colegas faziam o mesmo.
Fiquei entorpecido. Minha cabeça não parava de pensar nas conseqüências que poderiam advir daquele gol absurdo. Tinha que reagir ou poderia ser crucificado.
Cheguei próximo ao banco de reservas. Pinga, Evaristo Macedo, doutor Arnaldo Santiago e Carlos Alberto Parreira me aguardavam. Apressaram minha descida para o vestiário.
“Espero que ninguém esteja pensando em me sacar por falta de condições psicológicas”, disparei.
Pinga respondeu tranqüilo
“Apenas desça, pra evitar maiores assédios”.
Nos vestiários, Parreira – que também era o treinador de goleiros, tomou uma providência importante: pediu que eu fosse me refrescar, trocasse a camisa, e o acompanhasse.
Enquanto os demais jogadores relaxavam em suas cadeiras e ouviam novas orientações do treinador, passei o intervalo inteiro batendo bola com Parreira.
Desta forma, ele tentava impedir que eu parasse pra pensar no desagradável episódio.
Como se isso fosse possível!
Na volta pro segundo tempo, Alcir me perguntou se eu estava tão tranqüilo quanto aparentava. Respondi que estava bem e que iríamos ganhar o jogo.
Dentro do túnel, uma surpresa: o repórter volante de uma emissora de rádio me perguntou:
“Valdir, você vai voltar?”.
“Não! É sua mãe que vai pro gol, seu filho da puta!”.
Já no gramado, outro repórter me abordou. Colocou um fone de ouvidos em mim e me botou em contato com o ex-goleiro Barbosa, que estava nas tribunas. Barbosa tentou me incentivar, dizendo que eu levantasse a cabeça, e que com ele havia sido pior – uma falha havia custado ao Brasil o título da Copa de 1950.
Agradeci ao grande goleiro. Se bem que a última coisa em que eu estava interessado naquele momento eram comparações. Minha preocupação era fechar o gol e não permitir suspeitas sobre o meu equilíbrio emocional. Eu sabia que um segundo tempo ruim poderia significar o fim da minha carreira.
Joguei bem, mas o placar permaneceu igual.
Nos vestiários, tive que dar mil entrevistas, repetindo sempre como a bola me escapara das mãos ao arremessá-la..
À noite eu estava parcialmente refeito. Pesava um pouco o fato de o Vasco ter perdido um ponto – e por causa daquele gol. Mais tarde participei como convidado de um programa de TV. Ao lado de locutores e comentaristas tive a oportunidade de ver o vídeo tape do gol várias vezes. Senti-me pior do que no campo.
Em casa, mal consegui dormir lembrando das palavras confortantes do Barbosa ainda nos vestiários: O importante no frango é sobreviver a ele.
Eu sabia que a partir daquele dia eu estaria tentando sobreviver ao pior gol da minha vida.


Carta aberta a um goleiro
José Carlos Oliveira *


Prezado Valdir:
Quem lhe escreve é um desconhecido que na adolescência já foi um maravilhoso perna-de-pau, jogando com bola de meia. Todos os meus projetos, incluindo o campeonato mundial de futebol, foram inexoravelmente destroçados por um garoto chamado Arion, que era melhor driblador do que o Garrinha, e cujo João era eu. Naquele tempo eu torcia pelo Flamengo e depois passei a torcer pelo Botafogo. Além de perna-de-pau, vira-casaca.
Pois bem, Valdir, estou sentindo uma avassaladora necessidade de dizer a você que todos nós estamos torcendo por você. Desde segunda-feira a meu único pensamento é este: “Precisamos dar força ao Valdir”.
Você, goleiro do Vasco, pegou uma bola difícil. Ao jogar aquela bola para o seu companheiro mais bem colocado, você viu a bola desferir uma trajetória inteiramente incompreensível, rolando para trás, na direção do gol. Gol do Bangu. Gol contra. A expressão gol contra se inclui entre as mais terrivelmente exatas da língua brasileira! Você estava ali para não deixar entrar bola nenhuma, e foi precisamente você quem fez a bola atravessar aquela sagrada fronteira de cal que separa a mentida da verdade.
Que vergonha! Que mundo louco! E para cúmulo da humilhação, o jogador que tinha lançado a bola se chama Dé. A lenda do Zé do Efeito, que tinha a faculdade de transformar o goleiro adversário em instrumento de sua própria adversidade, materializou-se no Maracanã. Dé do efeito.
Não conheço nada mais patético e mais duradouro, a não ser quando penso em Garrincha destroçando a Itália na Suécia, em 1958, ou em Almir fazendo um gol a favor do Flamengo, na lama, em câmera lenta, arrastando-se como um homem sem braços e desmoralizando o engenho e a arte para glorificar o orgulho e a fúria.
Mas logo a velha, a indestrutível solidariedade brasileira te acorreu, Valdir, Todo mundo esqueceu que se estava disputando um campeonato e todo mundo pensou assim: “Precisamos dar força ao Valdir”. Precisamos evitar que você não tenha explicações para aquela falha. A multidão disse: “Nós somos o Valdir. Todos nós, colocados na frente das traves do Vasco, estamos fazendo um gol contra”.
Embora o Vasco perdesse um ponto precioso na tabela do campeonato – o que eu, como torcedor do Botafogo, acho excelente – você nos ensinou ou recordo para nós, para nossa educação, alguma coisa de que sempre todas as pessoas estão necessitando. Ou seja: “Que é um gol, diante da minha vergonha? Que importância tem uma bola que entra, quando o meu coração está repleto de humilhação?”. É na derrota, Valdir, que se conhece a vida.
Reconheço que estou dramatizando a situação além do possível. Mas é melhor pegar o desespero pelo rabo do que lhe ficar fazendo cócegas no focinho.
Valdir, creia nisto: torceremos todos por você, durante o campeonato., Pouco importa que o Flávio faça gols para o Fluminense ou que o Botafogo, com Gérson, se realize numa equipe invencível. Estaremos todos torcendo por você, e conseqüentemente pelo Vasco. Porque para você chegou aquele momento crítico na vida em que todo esforço se revela incompreensível e inútil; cabendo a você, portanto, tornar compreensível e útil cada movimento.

* Jornalista. Texto originalmente publicado na página 2 do Caderno B do Jornal do Brasil (Rio de Janeiro, RJ), edição de 20 de março de 1969.




Textos publicados no livro Na Boca do Gol

14 comentários:

Anônimo disse...

Valdir
É meu amigo Chiquinho, por mais que se explique, nunca mais será esquecido. Eu ouvi este jogo do meu vascão pela Rádio Globo e realmente a gente ficou chocado como todos os jornalistas de valor. Tal como Barbosa a cina ficará para sempre. Mesmo que naquele dia você praticou grandes defesas, Barbosa em 1950 não merecia o que aconteceu, ficou marcado, se não fosse aquele lance, seria hoje considerado o maior goleiro da história do Brasil. Mas tal como Fênix, você ressurgiu das cinzas e provou o seu enorme caráter, sua personalidade, e leva isso hoje como um Fato em Foco, você soube tirar de letra e se consagrar como não só um grande goleiro (até no tamanho) mas também como observador do nosso futebol bretão, e por isso que te admiramos.
Adalberto Day cientista social e pesquisador em Blumenau

Anônimo disse...

Amigo Valdir, saúde: aquele gol marcou tanto sua trajetória - mesmo
sendo um gol contra, que às vezes dá vontade de "parabenizá-lo" por
momento tão inesquecível. Indiretamente, vou relembrar para os meus
leitores colocando na coluna desta terça-feira, citando sua passagem
por Alecrim e América anos passados. Você soube superar os momentos
desagradáveis, mas perfeitamente admissível porque independe do
personagem. Zico perdeu aquele pênalti no Mundial, Cerezo deu aquele
passe errado, Manga deixou passar dois frangos históricos contra
Portugal (66), Andrada foi a vítima do 1000º gol de Pelé. E vai por
aí. Um abração, Valdir. Everaldo
Natal/RN

Anônimo disse...

Valdir,


Não fosse esse lance, hoje seria um dia qualquer e ninguém estaria falando de um goleiro que começou no Augusto Bauer, passou pelo Maracanã e tantos outros estádios do Brasil.

Acredito que hoje, se pudesse, você não mudaria os fatos daquela tarde.

Um grande abraço.

Celso Pazinato
Joinville/SC

Anônimo disse...

Valdir,
Ja' conversamos algumas vezes sobre esse episodio, mas gostaria de repetir aqui que, eu, quando testemunhei o fato, sentado bem atras do gol na arquibancada do Maracana, minha pouca idade me permitiu apenas sentir a frustracao de torcedor pelo fato do Vasco deixar escapar uma vitoria que parecia facil devido a fatalidades como um penalti desperdicado pelo Bugle e um gol contra esquisito, feito justamente por um goleiro que eu admirava e conhecia apenas de vista, do IBEU. Conforme fui crescendo e voltava a pensar no ocorrido, e' que fui compreendendo as dimensoes dramaticas do fato e as qualidades de carater que voce precisou ter para absorver uma experiencia como aquela. Hoje a minha admiracao nao e' apenas pelo goleiro que defendeu o Vasco dando tudo de si, muitas vezes salvando o time da derrota ou de derrotas mais acachapantes, e' tambem pela sua coragem, dignidade, integridade e personalidade.

Um abraco,

Mauro

Anônimo disse...

Valdir, sou um vascaíno apaixonado! Moro no rio desde 1970! E um fã de Andrada e Barbosa!
Cresci vendo Mazzaropi, Leão,Acácio, Carlos Germano...e depois vieram Helton, Fábio, Tiago!
Sempre ouvi falar desse lance, e ainda não comprei seu livro....mas irei faze-lo o mais rápido possível!
Tenha certeza que esse erro que cometeu, não impediu de vc ser respeitado no Vasco...e pela nossa imensa torcida!
Abraços e felicidades!
Cal Gomes

Airton Leitão disse...

Eu estava no Maracanã e esse lance foi bem em frente ao local onde eu estava na arquibancada. Ainda no primeiro tempo, Waldir defendeu uma bola chutada por Dé (o "Aranha"). Quando ia mandar a bola para o lateral esquerdo Eberval, o banguense Mário Tilico (o pai) marcou Eberval e Waldir tentou segurar o arremesso, mas acabou mandando a bola par dentro do próprio gol.
Lembro, no entanto, quando se dirigia para o vestiário, a torcida gritou o nome do goleiro.
Acho que esse jogo terminou 1 a 1.

Ricardo Antônio disse...

Valdir, bom dia! Não sei se viu, mas há um link no NetVasco para a lembrança desse lance. Esse gol te causou sofrimento e o consolo veio de quem sofreu a vida toda com o segundo gol do Uruguai... grande Barbosa! Abraço, Ricardo (Campos/RJ)

Anônimo disse...

Não o vi jogar Valdir, pois comecei a torcer já com Andrada em 1970, mas ouvi muitas histórias sobre esse lance.

E logo citando o Aranha, que nos deu tantas alegrias alguns anos depois. Eberval e Acelino são nomes que só os vascaínos lembram.

E parabéns pelo blog que é uma aula de história de futebol. Vou citar esse post em meu blog.

Mas vc podia mostrar essas fotos do jornal dos Sports ampliadas.

Anônimo disse...

Cara dá vontade de chorar, dá vontade de rir, sei lá, pode crer cara, esse gol marcou a vida de todos nós que te admira, vc é 10!!! parabéns por tudo, pois esse gol tenho certeza te fez mais Humano...Genildo Oliveira /Mossoró Rn

Anônimo disse...

Prezado amigo :

Conheço muito bem a história do famigerado gool contra. Só que há um outro ângulo para o fato ocorrido. Apenas três goleiros foram eternizados no Brasil :
1-Barbosa : não pelas grandes defesas mas pelo gool sofrido na copa de 50,
2-Andrada - mais pelo gol 1000 do que pelas indiscutíveis qualidades em baixo dos paus ,
3-Manga - pelo chute errado que culminou com um dos gools de Portugal na copa de (?)66
O quarto goleiro mais famoso do país certamente foi o , então, jovem goleiro do Vasco que jogou uma bola nas próprias redes .
Então..., sorria porque talvez você não fosse mais que um bom goleiro que encerrou a carreira .

Abraços

Anônimo disse...

Fala, Valdir

Que coisa, hem ?
Engraçado, eu lembro desse gol, estava na arquibancada, mesmo não sendo torcedor de nenhum dos dois times. Mas gosto de futebol e estava começando a ir aos jogos sozinho. Sempre pensei - e tenho boas lembranças - no sentido visual - do lance, só não lembrava os nomes dos personagens, que você ia fazer o "passe" para um deles e se arrependeu. Quando tentou mudar para o outro a bola fugiu. Mesmo assim foi um lance curioso que te marcou muito, claro, mas acabou sendo uma referência. Paciência, faz parte do jogo. Quero dar os parabéos pelo lindo texto. Muito bem feito, dá gosto ler. Valeu, amigo, o blog cada vez mais caprichado.
Estou pensando em usar esse seu texto, com referência e autorização, claro, como um dos mais curiosos e marcantes que vi, no meu livro. Mais tarde falo contigo.
Grande abraço e vamos comemorar o fato, que existe, não se pode apagar.

Iata

Anônimo disse...

Um drama solitário, mas uma bela história! Coisas do imponderável do futebol.
O importante foi ter enfrentado tudo com a coragem dos goleiros (àqueles que não é permitido a falha).
Valeu, Valdir!
Francisco Jose Tadini

Anônimo disse...

Obrigado a todos que fizeram comentarios emocionantes sobre o meu acidente de trabalho.É gratificante saber que um fato isolado, um erro, uma falha, que se transformou num enorme fardo pra mim, consiga - 40 anos depois - atrair tanta atenção de gente de todos os cantos do Brasil e até do exterior. Né Mauro? Gente solidaria com o ex-goleiro.
E como diz o Celso, talvez hoje -se pudesse - eu não mudaria os acontecimentos daquela tarde.
Entendo que ao ser acorrentado àquele gol, me tornei um ser humano melhor, e especial pra muitas pessoas maravilhosas como vocês.

Anônimo disse...

Valdir,
Já conhecia o texto, pois constante do livro que vc gentilmente me remeteu.

Realmente é um marco na sua vida.

Divulguei, como semppre faço o texto de hoje, pois nele o sentimento transborda.

Se vc comparar o sofrimento do Barbosa e do Valdir Peres com o seu, acho que o seu é fichinha, mas não deixa de ser uma dor, ou no mínimo, uma lembrança dolorosa.

Pbns pelo texto. EXCELENTE!!!!!!!!!!!!!!!!

Antº Estevam