segunda-feira, 4 de maio de 2009

Treinador insatisfeito
Lauro Búrigo orientava o time e se esgoelava, em pé, junto ao banco de reservas, gritando o nome do ponta direita Tuchê, que estava na extremidade oposta do campo. Não havia muita gente no estádio e era quase impossível ao seu pupilo deixar de ouvir os seus insistentes apelos.
Era evidente que Tuchê, um emérito gozador, fazia de conta que o assunto não era com ele.
“Tuchêêê! Tuchêêê!”, gritava o “Vesgo” Lauro. E nada. Nada de Tuchê demonstrar que o ouvia.
Lauro, já esbaforido, vermelho como um pimentão esbravejou:
“Tuchêêêê, seu filho da puuuuuuuuta!”.
Tuchê virou-se de imediato para o banco do Paysandú.
“Ah! Agora, você ouviu, né? Seu fariseu!, emendou de bate pronto o treinador”.
Depois de um sofrível primeiro tempo, onde nada deu certo, os jogadores foram deixando o gramado preocupados.
Comentaram entre eles:
“Vai ser foda encarar o Vesgo!”.
Quando os atletas entraram no vestiário, foram surpreendidos com algo totalmente imprevisível e inusitado: Lauro Búrigo estava com a calça e a cueca arriadas até os tornozelos, de costas para a porta de entrada, com as mãos apoiadas no chão e a branca bunda literalmente pra cima.
“Se vocês estão a fim de me f...., seus moleques safados, façam fila! Porque a bolinha que vocês estão jogando é pra isso!
Cambada de incompetentes!”.

Origem: Wikipédia: Lauro Búrigo é um dos mais folclóricos treinadores do futebol catarinense. Natural de Criciúma, comandou equipes tracionais de Santa Catarina, entre as quais o próprio Criciúma, o Avaí, o Figueirense e o Brusque. Também foi treinandor do Coritiba.Entre suas conquistas, destacam-se muitos campeonatos catarinenses e a ascensão do Figueirense à Série B do Campeonato Brasileiro de Futebol em 1998.Contam-se muitas histórias a respeito desse treinador, conhecido na mídia local como Velho Bruxo. Por exemplo, é o treinador que mais atuou no Clássico de Florianópolis, entre Avaí e Figueirense, tendo comandado um desses dois times em 50 jogos. Em certa ocasião, deixou seu cargo no Figueirense por recusar-se a viajar de avião.Atualmente, trabalha como comentarista esportivo.

Galeria do craque
Silva, o Batuta

Nome: Walter Machado da Silva
Nascimento: 2/1/1940, Ribeirao Preto-SPPeríodo: 1970 a 1972Posição: Atacante
Um cigano do futebol, Silva veio para o Vasco depois de passagens por vários clubes do Brasil e do exterior. O Batuta, como também era conhecido, tornou-se a principal estrela do time campeão carioca de 1970. Em 71 passou um período de alguns meses emprestado ao Botafogo, mas voltou no ano seguinte ao Vasco e chegou a fazer dupla com Tostão. Tinha grande talento para recuar e armar jogadas ou partir em arrancadas com dribles sucessivos que muitas vezes terminavam em gols. Um atacante de enorme vitalidade, boa impulsão para as cabeçadas e execução perfeita da matada no peito.

Fonte: Mauro Praiss - http://www.netvasco.com.br/mauroprais
Foto: Valdir recebe os cumprimentos pelo seu 23 aniversário, 1 de maio de 1969. Tim, Silva, Valdir e o garçom Jacaré no restaurante de São Januário.

7 comentários:

Adalberto Day disse...

Valdir
Lauro Búrigo o Bruxo. Esse treinador realmente nunca foi amigo dos jogadores, todos tinham medo dele, e quando podiam, botavam na cola dele. Esse tipo de treinador ditador, não cabe mais entre nós. Alias não cabe mais na sociedade. Temos sim que ter disciplina, isso eu concordo, mas ao ponto de absurdos, de intimidação, e outras coisas a mais “baixar as calças e mandar fazer fila” huummmm cheira mal, ou melhor pega mal”, pobre coitado de espírito esportivo.
Quanto ao Silva o “Batuta” tudo de bom, jogador talentoso, amigo, um dos maiores craques deste pais. O Silva jogou na Seleção de 1966, ao lado de Tostão e Alcindo. Craque campeão pelo Flamengo e Vasco da Gama. “Começou na época no Corinthians, e lembro de uma Revista do Esporte, que tinha o seguinte titulo: Silva e Ney caíram do céu para o Corinthians”.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau.

Valdir Appel disse...

Muito bom Adalberto. Obrigado pelos comentários

Mauro disse...

Eu nao conhecia esse folclorico treinador. Que episodio insolito. Nao sei se entendi a psicologia... Sera' que ele pretendia motivar os jogadores para voltarem "mordidos" para o segundo tempo? Acho que o tiro deve ter saido pela culatra...

O Silva era um craque de nivel de selecao. Se naquela epoca nao fosse costume nao se convocar jogadores atuando fora do pais, eu acredito que ele teria tido uma carreira mais longa na selecao, mesmo com a enorme quantidade de atacantes talentosos que havia naquela epoca.

Valdir Appel disse...

Mauro,
Conforme o relato de um dos jogadores que atuaram neste jogo, não havia muita psicologia não. O que Lauro queria dizer literalmente era:
"Vocês tão puxando o meu tapete".

Celso Unzelte disse...

Opa! Grande “upgrade”, Valdir, como diriam os moderninhos...



Abs.,

Celso

Iata disse...

Fala, Valdir

Muito boa essa historia do Lauro. Do cacete.
Gostei de ver meu amigo Silva Batuta, com você, nos bons tempos do Vasco.
Mes passado levei-o no meu programa, na Tupi, foi excelente.
Sua fonte, entretanto, não menciona a passagem dele pelo Flamengo, que foi maravilhosa, jogando
ao lado de Almir. Foram campeões em 1963, se não me engano.

Grande abraço
Iata Anderson

Valdir Appel disse...

Iata,
Fonte vascaina só fala em Vasco.
Abraço