domingo, 4 de julho de 2010

O Dedeu dos States

Por Lenivaldo Aragão

O baiano Dedeu, que defendeu o Náutico nos anos 70, o do comigo ou sem migo, tinha um colega de trapalhadas, nos Estados Unidos. Mas no beisebol. Era Lorenzo Pietro Berra, chamado de Yogi Berra por gozação, em alusão a um fantástico apanhador do New York Yankees, eleito várias vezes o melhor jogador da Liga Americana de Beisebol, que tinha esse nome. O Yogi Berra “paraguaio” parou no fim dos anos 70, mas o vastíssimo anedotário em torno dele persiste. Vamos lá:

"Se você não sabe para onde vai, tem que ter cuidado, porque talvez não chegue lá".

"Se me perguntar alguma coisa que não sei, não vou responder" (antes de uma entrevista a uma emissora de rádio)

"Estou usando estas luvas por causa das mãos" (ao ser perguntado porque estava de luvas)

"Quem não consegue distinguir a diferença entre o som de uma bola que bate em madeira e outra que bate em concreto tem que ser cego" (discutindo com um árbitro)

"Eu procuraria o cara que o perdeu e, se ele fosse pobre, devolveria" (respondendo a uma pergunta do apresentador Casey Stengel, sobre o que faria se encontrasse um milhão de dólares)

"Ele deve ter feito este filme antes de morrer" (comentando um filme de Steve McQueen)

"Damos cem por cento na primeira parte do jogo e, se isso não for suficiente, na segunda parte damos o resto"

"Mantle rebate com as duas mãos porque é anfíbio" (comentando sobre o jogador de beisebol Mick Mantle)

"Como é que você pode dizer isto e aquilo se isto e aquilo ainda não aconteceram?"

"Como é que a gente pode pensar e rebater ao mesmo tempo? (respondendo ao técnico, que pedia para ele pensar quando rebatesse a bola)


Na foto: Dedeu, o atacante do Náutico, em ação

7 comentários:

Adalberto Day disse...

Valdir
O Lenivaldo também tem belos casos para nos relatar. Essa do comigo e sem migo, ainda persistem em soar nos nossos ouvidos até hoje, e entra para história do folclore de nosso futebol bretão. A melhoria é aquela de não responder o obvio, se não sabe evidente que não irá responder. Ou talvez ele tenha razão queria uma luva que cobrisse só as mãos os dedos ficam de fora, e olha depois apareceu luvas neste estilo. Mostrou na frase ao só devolver sua inocência, ou sua cara...a de ladrão.
Belas frases, parabéns aos dois
Adalberto Day cientista social e pesquisador em Blumenau

ítalo puccini disse...

valdir, tuas histórias são ótimas, cara!
pai já devorou teu livro. eu estou no processo. uma belezura!

grande abraço!

Osvaldo disse...

Caro Valdir;

Excelente aula de filosofia que nos lega o autor das frases.

um excelente dia, caro Valdir.
Osvaldo

Iata Anderson disse...

AMIGO VALDIR

QUE BOM VER SEU BLOG DE VOLTA. PRINCIPALMENTE PELA MATÉRIA SOBRE O RÁDIO, COM DESTAQUE PARA OS MONSTROS SAGRADOS COMO WALDIR AMARAL, MEU PRIMEIRO CHEFE. UM GIGANTE, COMO DOALCEI, CURI E TANTOS OUTROS. QUANTO AO LIVRO, PODE COMEÇAR A FAZER O TERCEIRO. ESSE JÁ FOI DEVIDAMENTE LIDO E RELIDO. MUITO BOM, DEI BOAS GARGALHADAS, REVI AMIGOS E HISTÓRIAS MARAVILHOSAS. GRANDE ABRAÇO E SUCESSO. IATA ANDERSON

Odélio Graciano Ribeiro disse...

Recebi o livro dia 3l.06, já li e gostei bastante, parabéns por mais esta obra abraços,Odélio

Tite Zorzi disse...

GRANDE GOLKEEPER;

Sempre que possas nos atualize com vossos lançamentos , livros,artigos.resenhas e até mesmo jogos de peladeiros....
Acredite que sempre íamos a Santa Catarina correr as maratonas e idem em Blumenau, ma estas corridas foram canceladas.
Sempre estou relendo vossos livros(2), e foi neles que vim a saber do falecimento do GOIANO BILL, que foi o melhor centro avante do AMERICA - MEXICO,e, juntos estivemos no ITUMBIARA-GO.
Se tens algum material publicado e que possamosler e divulgar, nos envie pois vossa geração de altetas marcaram época, no cenário nacional

DESDE AMERICO BRASILIENSE- SP,
Tite Zorzi

Iata Anderson disse...

Amigo Valdir

Aqui é da Rádio Folha Seca, queria marcar uma entrevista com o Maizena.
Ahahahahahahah. Muito legal.
Obrigado pela citação do seu modesto repórter.
Fiquei muito honrado em fazer parte do seu segundo "filho".

Grande abraço.
Iata