As adversidades nos despertam capacidades e forças que em situações normais não se mostrariam
(Por Rene Rodrigues Simões, quarta, 23 de fevereiro de 2011 às 11:59-Facebook)
Uma das virtudes que mais admiro em um jogador ou em uma pessoa é a capacidade de seguir em frente depois de um erro, acidente ou algo que o valha.
Ontem, recebi a visita do o ex-goleiro do Vasco da Gama Valdir Appel no hotel onde estou concentrado, em Brusque, para o jogo de hoje à noite pela Copa do Brasil. Ele é um desses jogadores que possuem uma historia de arrepiar de coragem e perseverança depois de uma fatalidade.
Ele me contou os detalhes do que eu presenciei no Maracanã no dia 16 de Marco de 1969. Eu tinha 16 anos e fui assistir a Vasco e Bangu pelo Carioca. Valdir era o goleiro titular do Vasco. Ele narra o acidente de trabalho ou a fatalidade, se preferirmos.
"O jogo estava dificílimo, o Bangu tinha uma excelente equipe. Aos 44 minutos do primeiro tempo, O Dé, conhecido como Aranha, dominou uma bola de costas para o meu gol, girou o corpo e desferiu um chute fortíssimo no meu canto direito, em baixo. Realizei um salto perfeito e encaixei a bola sem rebote. Eu pude escutar o Dé me xingando, pois acreditava que o gol seria certo. Em seguida me Levantei, desfrutei dos aplausos e ovação da galera e me preparei para repor a bola para o nosso lateral esquerdo, Silvinho. Meu braço fez a alavanca e a bola saiu das minhas mãos com muita força. Perdi o equilíbrio: as pontas de meus dedos tocaram de leve a bola, que mudou sua trajetória, indo chocar-se com forca no poste esquerdo do meu gol, morrendo no fundo das redes. Gol contra. Apoiado nos meus joelhos e me sentindo impotente, tinha vontade de sair correndo e pegar a bola e voltar o lance para apagar aquilo da minha mente. Silêncio mórbido no maior estádio do mundo. Logo após o lance o árbitro Arnaldo César Coelho apitou o final do primeiro tempo" **.
Diante dessa situação é fácil imaginarmos o que aconteceu. Ele chegou ao vestiário e ligou para a mãe querendo colo, quis sair do jogo, pediu a ajuda dos universitários e ainda ligou para seu analista com as reclamações de sempre. É o que acontece com você diante de fatos imprevisíveis, horrorosos, fatais? Pois saibam que ele retornou para o segundo tempo e jogou muito bem. O Vasco empatou e ainda perdeu um pênalti.
Pessoas como ele sabem que problemas sérios, em momentos decisivos, exigem coragem e principalmente que a solução não está nos outros. O Valdir é um exemplo a ser seguido. Tive o privilegio de parabenizá-lo e agradecer pela lição de vida.
Ontem, recebi a visita do o ex-goleiro do Vasco da Gama Valdir Appel no hotel onde estou concentrado, em Brusque, para o jogo de hoje à noite pela Copa do Brasil. Ele é um desses jogadores que possuem uma historia de arrepiar de coragem e perseverança depois de uma fatalidade.
Ele me contou os detalhes do que eu presenciei no Maracanã no dia 16 de Marco de 1969. Eu tinha 16 anos e fui assistir a Vasco e Bangu pelo Carioca. Valdir era o goleiro titular do Vasco. Ele narra o acidente de trabalho ou a fatalidade, se preferirmos.
"O jogo estava dificílimo, o Bangu tinha uma excelente equipe. Aos 44 minutos do primeiro tempo, O Dé, conhecido como Aranha, dominou uma bola de costas para o meu gol, girou o corpo e desferiu um chute fortíssimo no meu canto direito, em baixo. Realizei um salto perfeito e encaixei a bola sem rebote. Eu pude escutar o Dé me xingando, pois acreditava que o gol seria certo. Em seguida me Levantei, desfrutei dos aplausos e ovação da galera e me preparei para repor a bola para o nosso lateral esquerdo, Silvinho. Meu braço fez a alavanca e a bola saiu das minhas mãos com muita força. Perdi o equilíbrio: as pontas de meus dedos tocaram de leve a bola, que mudou sua trajetória, indo chocar-se com forca no poste esquerdo do meu gol, morrendo no fundo das redes. Gol contra. Apoiado nos meus joelhos e me sentindo impotente, tinha vontade de sair correndo e pegar a bola e voltar o lance para apagar aquilo da minha mente. Silêncio mórbido no maior estádio do mundo. Logo após o lance o árbitro Arnaldo César Coelho apitou o final do primeiro tempo" **.
Diante dessa situação é fácil imaginarmos o que aconteceu. Ele chegou ao vestiário e ligou para a mãe querendo colo, quis sair do jogo, pediu a ajuda dos universitários e ainda ligou para seu analista com as reclamações de sempre. É o que acontece com você diante de fatos imprevisíveis, horrorosos, fatais? Pois saibam que ele retornou para o segundo tempo e jogou muito bem. O Vasco empatou e ainda perdeu um pênalti.
Pessoas como ele sabem que problemas sérios, em momentos decisivos, exigem coragem e principalmente que a solução não está nos outros. O Valdir é um exemplo a ser seguido. Tive o privilegio de parabenizá-lo e agradecer pela lição de vida.
** Ele continua a narrativa no seu livro “Na boca do gol”, lançado pela editora S&T Editores. Vale à pena a leitura.
Leo Caetano Mais uma lição de vida... espero que esta história se reflita nos jogadores, que caíram no domingo, pra se levantarem hoje! Dragão 3x1.
há 7 horas ·
Rosemari Oliveira Sábias palavras professor, foi agindo assim que vc nos tirou daquela situação lamentável em que nos encontrávamos, MILHÕES DE VEZES OBRIGADO MESTRE!!!!!!!um abraço e $uce$$o!!!!!!!
há 4 horas ·
Lucio Macedo Mestre Rene,sempre com o tema certo para cada um de Nós irmos atras dos nossos objetivos!
há ± 1 hora ·
Valdir Appel Obrigado Mestre Renê, fiquei honrado e emocionado com o teu depoimento. Abraçohá 14 minutos ·
Nestor Bittencourt da Rosa Legal, poder compartilhar, deste ensinamento. Sempre estarmos, pronto para recomeçar com entusiasmo. Abraços
há 4 horas ·
4 comentários:
Valdir,
Brusque x Atlético/GO.
O que falou mais alto?
A antiga paixão ou a sempre de sempre?
Ah, Vascão arrebentando e Diego Sousa chegando.(final de 2009 no Bem Amigos do Galvão Bueno eu vi o Dinamite passar uma cantada nele de forma absolutamente descarada, mas ele só caiu agora.rsrsrsrsrsrs)
Abraço.
Antº Estevam
Bacana essa postagem Valdir....
Já sei de cor e salteado, mas é sempre bom lembrar ou não? eu ouvi pelo rádio e depois li em seu livro e ouvi de você também esse caso.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da História em Blumenau
Odelio escreveu:
"O Atlético não só contratou um grande técnico, também um pessoa ética neste mundo do futebol que é uma coisa rara.Vida longa no Dragão mestre Renê."
"achei que o Dragão sairia vitorioso, porém o Brusque jogou bem,vamos ver o jogo de volta,talvez irei assistir e sou pé quente."
Aquele para mim tinha tudo para ser um dia especial. Porém nada deu certo.
Fiz questão de ir para trás do gol do Valdir de quem era fã, era um dos poucos atrás daquele gol na geral. Um gol, um pênalti perdido e a fatalidade.
O que ficou de bom ?
A perseverança de Valdir que deu a volta por cima.
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