quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

FUTEBOL SUÍÇO
O nome muda conforme a região do país: futebol society, futebol 7, futebol de areia. A origem do nome futebol society se deve a um elogio feito pelo comentarista Rui Porto a um jogo que reuniu altas personalidades da sociedade carioca, nos anos 1950, no Rio.
Os gaúchos deram o nome de futebol 7 ao futebol society que na cidade de Livramento, divisa do Rio Grande do Sul com o Uruguai, nasceu com o nome de futebol suíço.
Aqui em Brusque, esta prática esportiva emplacou com o nome de futebol suíço, e proliferam na cidade as quadras cobertas (ou não), algumas com piso natural e outras com grama sintética.
Espaços são alugados por hora e as equipes se formam em todas as faixas etárias, garantindo democraticamente o divertimento de todos.
No início dos anos 1970, um grupo liderado por Nivaldo, Edson e outros sócios, improvisou duas balizas no espaço destinado a prática do futebol de campo, na Sociedade Esportiva Bandeirante, diminuindo as suas dimensões e oportunizando a prática do futebol com um número menor de jogadores, garantindo as peladas de sábado à tarde.
O Bandeirante tem hoje dois belos campos destinados aos sócios, e já cogita fazer mais um, e com grama sintética.
O grupo que iniciou esta prática é chamados de quarta-feirinos, se mantém na ativa, e se renova com a entrada anualmente de novos craques, sempre comandados com rigor pelo Chico Simas.
Dá gosto ver o Lídio, o Muna, o César, o Gargalo e o Ademar mostrando aquela habilidade incomparável com a bola nos pés; o vigor físico do Bocão e do Barni, que não perdem uma dividida; a disciplina do Chico Stol, do Arnaldo e do Nenê; a segurança do zagueiro surfista Ricardo; e as cabeçadas implacáveis do Messias Feldene.
São muitos, e numa justa homenagem a este pioneiro grupo, vou destacar três goleiros que já fazem parte da sua historia, e que servem como exemplos de dedicação e amor ao futebol-arte, a esta incansável turma que não desiste nunca. Apesar dos insistentes apelos dos familiares...
Bento. Encerrou recentemente sua brilhante carreira de mais de 20 anos. Defendeu um dos arcos dos associados todas as semanas, exceto no recesso das férias e nos dias em que a chuva impediu a utilização do gramado.
Bento marcou época. Muito jovem ainda, tirou seu diploma de goleiro por correspondência, com louvor.
Os colegas fizeram questão de homenageá-lo, com uma faixa colocada atrás de uma das balizas do campo com os dizeres: “Obrigado, Bento, por tudo o que você NÃO fez pelo futebol”.
Recebeu também uma placa comemorativa aos 3.800 gols sofridos em sua longa trajetória.
Alguns contestam a media de 6 gols por partida. Mas, os números não mentem.
Humilde, Bento recusou a homenagem.
Leva com ele o slogan: “Com Bento em campo, não tem placar em branco”.
Seu sucessor, Nilson, aprendeu tudo com o Bento. Chegou inclusive a fazer “testes” no Carlos Renaux, e só não passou porque esqueceu caderno e lápis. Maldade do pessoal.
Não falta a um jogo, é quase tão ágil quanto o mestre Bento, e repõe as bolas em jogo com a mesma técnica.
Tem se esforçado muito na tentativa de superar o amigo que teve como espelho por alguns anos. Está longe de superar os índices do colega, mas não lhe faltam entusiasmo e determinação. Com certeza, chegara lá.
O terceiro, Célio Bahia, está um nível acima dos colegas. De vez em quando, fecha o gol nos torneios, conquistando títulos. Em contrapartida, mantém um recorde difícil de ser igualado.
Jogando amistosamente pela equipe do “Clube dos 25”, Célio sofreu quatro gols no primeiro tempo. Como o goleiro adversário era o Leandro, um ex-profissional, os dois times trocaram os goleiros no intervalo, para dar mais equilíbrio a partida.
E foi o que aconteceu. No segundo tempo, Célio tomou cinco gols pelo time adversário, e a partida terminou 5 a 4.
Ninguém ate hoje ouviu falar de um goleiro que tenha jogado um tempo em cada equipe, e tenha conseguido a proeza de ter perdido nos dois, levando todos os nove gols da partida.
Já há um movimento da rapaziada que deseja incluir o Célio no Guiness Book.

2 comentários:

Adalberto Day disse...

Valdir
Interessante este teu comentário a respeito do futebol Suíço.

Realmente o nome muda conforme a região do país: futebol society, futebol 7, futebol de areia. A origem do nome futebol society, não sabia que isso foi coisa do grande Rui Porto, e os detalhes do por que. Aqui em Blumenau, esta prática esportiva emplacou com o nome de futebol suíço como em Brusque.
Eu particularmente adorava jogar futebol Suíço, pois como era bom cabeceador, cada lateral erguido na área adversária se tornava perigo de gol. Este esporte, é mais para um final de tarde ou anoite, após um dia de trabalho...saudades do tempo que jogávamos no Amazonas e depois Associação Artex em Blumenau.
Abraços
Adalberto Day cientista

Anônimo disse...

grande Valdir......to passando so para te dar um alo! vc é 10! Genildo Oliveira/Mossoro RN